domingo, 14 de setembro de 2008

O Preço Do Avivamento - Dr.Ted Rendall



O Preço Do Avivamento

Por que tarda o avivamento? Se, como afirma Norman Grubb, o quebrantamento é a palavra chave para o avivamento contínuo, então não precisamos procurar muito para explicar a falta de genuíno avivamento na igreja cristã de hoje. Quebrantamento é um aspecto da experiência cristã que, lamentavelmente, é seriamente negligenciado na ênfase atual sobre renovação espiritual. “Pelos seus frutos os conhecereis” é o teste válido que podemos aplicar a cada mensagem ou movimento que esteja chamando a atenção da igreja em geral. E através deste teste percebe-se o quanto é falha a ênfase sobre nova vida e renovação hoje. Podemos reconhecer que muitos mestres e pregadores são brilhantes, entretanto não há quebrantamento.
No Velho Testamento, várias palavras são usadas para transmitir a idéia de ser quebrado, cada uma com o seu matiz diferenciado de significado. A palavra que é usada para descrever um coração quebrantado pode também ser traduzida por “estilhaçado”. É usada assim em Jeremias 2.13 na vívida expressão: “cisternas rachadas que não retêm água”. É usada em Ezequiel 27.34 para descrever a desintegração de um grande e nobre navio no meio de uma tempestade. É usada em Ezequiel 34.4 para descrever uma ovelha que caiu de uma grande altura e quebrou os ossos. E é utilizada em Daniel 8.22 para descrever o chifre duro de um carneiro que foi totalmente quebrado pelo seu adversário.
Estas palavras ilustrativas servem para enfatizar a idéia básica, isto é, de ser quebrado, totalmente estilhaçado em pequenos pedaços. Por isso, quando os autores da Bíblia usam a mesma palavra para descrever um coração humano, estão se referindo a um coração que, através de alguma experiência devastadora, foi estilhaçado. O que antes era inteiro e duro feito diamante foi completamente quebrado, fragmentado, pulverizado. Quebrantamento, portanto, é aquela disposição e atitude de coração pela qual o indivíduo se coloca diante de Deus em inferioridade, confessando que tem necessidade da graça e do auxilio que vêm de Deus.
Quebrantamento é a alma, tal qual um pote rachado, que está esvaziada da sua própria confiança e dos seus próprios recursos.
Quebrantamento é a alma, semelhante a um navio, totalmente naufragado em Deus.
Quebrantamento é a alma, como aquela ovelha, quebrada por causa da tolice dos seus devaneios, e se arrojando aos pés do misericordioso Pastor supremo.
Quebrantamento é a alma, como o animal da visão de Daniel, destituída da sua força e do seu poder inicial, e agora submissa diante do Deus todo-poderoso.
Devemos notar que a expressão quebrantado de coração não ocorre com freqüência nas Escrituras. Entretanto, o conceito é representado por outras palavras básicas, tais como contrito, humilde e pobre.
A fim de podermos compreender mais profundamente este assunto, vamos adotar o esquema de pergunta-e-resposta para quatro questões básicas.
Como se Deve Considerar o Quebrantamento?
Salmo 34.18: “O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.” Aqui o quebrantamento é considerado uma condição essencial para a presença de Deus e o seu poder salvador. O Senhor se apressa para salvar o quebrantado.
Salmo 51.17: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” Conforme o salmista, o quebrantamento deve ser encarado como condição essencial para a aceitação e o favor de Deus. O autor entendeu que Deus não tem prazer em ofertas queimadas que não sejam acompanhadas por corações quebrantados.
Isaías 66.2: “A este eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da minha palavra.” Mais uma vez o quebrantamento se torna uma condição essencial para o favor especial e a bênção de Deus. Deus “olha” na direção do homem que tem coração contrito.
Isaías 57.15: “Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito.” É este o texto que ensina que o quebrantamento é uma palavra chave do avivamento. A presença de Deus não se faz manifesta numa pessoa cujo coração não está quebrantado diante dele.
Isaías 61.1: “O Espírito do Soberano, o Senhor,está sobre mim, porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros.” Deus não envia um anjo nem um arcanjo, mas o seu próprio Filho para restaurar os contritos de coração. Este quebrantamento se torna a única condição essencial para a visitação de Deus na pessoa do seu Filho.
Portanto, não pode haver dúvida nenhuma do ponto de vista da Escritura; o quebrantamento deve ser encarado por nós como uma condição de coração para a resposta de Deus às nossas necessidades, quaisquer que elas sejam. Se queremos ser abençoados por Deus, devemos nos apresentar diante dele com corações quebrantados e espíritos contritos.
Como devemos considerar o quebrantamento de coração? Deixemos que a resposta a esta pergunta seja dada por um missionário trabalhando na África no meio de cristãos que tinham experimentado graciosas ocasiões de avivamento. Sempre que o missionário mencionava o nome de qualquer cristão, os cristãos africanos perguntavam: “Mas ele é um cristão quebrantado?” Certo estava o escritor George Cokeyn, do século dezessete, quando escreveu: “Quebrantamento é aquilo que Deus especialmente procura todas as vezes que nos aproximamos ou nos achegamos a ele”.
Como se Pode Reconhecer o Quebrantamento?
Nossa segunda pergunta aprofunda mais a nossa discussão. Como se pode reconhecer o quebrantamento? Quais são as características da contrição, as marcas do quebrantamento?
Primeiro, uma pessoa de coração quebrantado está profundamente cônscia da majestade de Deus. O quebrantado viu o Senhor Deus, alto e elevado no seu trono de esplendor e poder. Os atributos de Deus – sua santidade, seu poder, sua soberania – se tornaram indelevelmente vitais e vívidos; deixaram de ser doutrinas num livro texto de teologia, mas fatos reais que despertam um senso de respeito, temor e adoração no coração contrito.
Será que nós temos esta consciência, esta convicção da majestade do nosso Deus? O quebrantamento de coração se manifesta, em primeiro lugar, numa percepção da grandeza e da glória do Deus com quem nos relacionamos.
Mas, em segundo lugar, uma pessoa quebrantada está profundamente cônscia do significado do pecado. Isto acontece, com certeza, como resultado direto do primeiro aspecto. Uma vez que tenhamos visto Deus de verdade, e teremos visto a nós mesmos também. Isaías viu o Senhor, e aquela visão provocou uma exposição do próprio profeta. Pedro viu o Senhor Jesus na praia do mar da Galiléia, e vendo-o na sua majestade, ele implorou que se retirasse, dizendo: “Senhor, sou um homem pecador” (Lc 5.8).
No seu livro Revivals: Their Laws and Leaders (Avivamentos: Suas Leis e Seus Líderes), James Burns afirma que, como princípio geral, todo avivamento presencia o despertamento de um profundo senso de pecado nos indivíduos e na igreja. “Sob a intensa luz espiritual, o pecado e a culpa da alma despertada se destacam em negridão aterradora”.
Terceiro, uma pessoa quebrantada está profundamente consciente da misericórdia de Deus em Cristo Jesus. Você pode estar no Éden e tornar-se consciente da hediondez do pecado humano; você pode ficar no monte Sinai e captar alguma coisa da majestade de Deus; mas quando você chega perto do Calvário e ali vê o Filho de Deus sofrendo por causa do seu pecado, é aí, então, que o seu coração se quebra. É como se o coração fosse esmagado por uma consciência de que Deus em Cristo é gracioso e misericordioso para com o pecador de tal modo que ele se desmancha em angústia e lágrimas.
Como se Efetua o Quebrantamento?
De um modo geral podemos dizer que o coração humano é quebrado pela Palavra de Deus aplicada em nós pelo Espírito de Deus, no ponto exato da nossa mais profunda necessidade. O coração humano pode ser comparado a uma pedra bruta, a Palavra de Deus como um martelo, e o Espírito Santo como aquele que empunha o martelo para quebrar a pedra dura e resistente. É este aspecto da Palavra de Deus que mais se destaca quando o coração está no processo de ser quebrado – a Palavra é a Espada do Espírito, repreendendo, sondando, penetrando e provando.
Como se Deve Manter o Quebrantamento?
John Bunyan nos ensina: “Assim como ter um coração quebrantado é algo excelente, manter um coração quebrantado é, mais ainda, um grande tesouro”.
Uma vez que os nossos corações tenham se amolecido como cera ao sol, devemos procurar mantê-los moles e sensíveis.
Depois que nossos corações foram quebrados pelo arado do arrependimento, precisamos mantê-los em condições tais que a boa semente da Palavra de Deus possa criar raízes e produzir frutos nas nossas vidas.
Uma vez que os nossos corações tenham se derretido como gelo ao lado do fogo, procuremos ardentemente mantê-los naquele estado. Não é este o significado das palavras de Ana quando disse que derramava sua alma diante do Senhor (1 Sm 1.15)?
Entretanto, algumas recomendações negativas devem ser feitas à alma que esteja ansiosa para permanecer quebrantada diante do Senhor.
Não se desvie da Palavra de Deus quando esta vem direcionada à sua necessidade. Quando Deus fala ao seu coração através da sua Palavra, responda imediatamente. Não procrastine.
Não justifique o pecado conhecido em qualquer hipótese. Chame o pecado pelo nome correto. Trate com ele de maneira definitiva e drástica. É o hálito gelado do pecado que congela o coração que antes estava quebrantado e amolecido.
Não abrigue pensamentos duros contra Deus. Cuidado com a incredulidade. Nada endurece o coração tão rapidamente quanto a dúvida.
Do lado positivo, alguns conselhos podem ser dados à alma ansiosa por permanecer quebrantada diante do Senhor.
Permaneça bastante na Palavra de Deus. Deus se faz conhecido a nós pela sua Palavra.
Concentre-se na obra que Cristo realizou em seu favor. Medite bastante sobre o sangue que foi derramando por você. Pense muito no ministério de intercessão que ele exerce por você agora, lá no céu.
Peça insistentemente pelo ministério do Espírito Santo na sua vida. Ele é o Espírito do Jesus glorificado.
Extraído de Fire in the Church (Fogo na Igreja) por Ted S. Rendall. Publicado pela Moody Press. Copyright 1974. Usado com permissão do autor. (REVISTA IMPACTO)

PROCURA-SE UM CORAÇÃO EM CHAMAS!!!!


Wesley L. Duewel
Para o líder cristão, não existe nenhuma alternativa para o Espírito Santo. É necessário que o líder tenha um coração abrasado pelo amor a Deus e aos homens. Como afirmou Dr. George W. Peters: “Deus, a igreja e o mundo estão à procura de homens com corações em chamas – corações cheios do amor de Deus; cheios de compaixão pelos males, tanto da igreja quanto do mundo; cheios de paixão pela glória de Deus, o Evangelho de Jesus Cristo e a salvação dos perdidos”.
“A resposta de Deus”, acrescenta ele, “para um mundo cheio de indiferença, materialismo, frieza e escárnio são corações ardentes nos púlpitos, nos bancos das igrejas, nas escolas bíblicas e nos colégios e seminários cristãos.”
Se você é um líder cristão, e o seu coração não está ardendo em chamas, com toda certeza a maioria dos membros de sua igreja terá um coração morno, que pouco ou nenhum impacto tem sobre o mundo. As nossas comunidades não se impressionam muito com nossos programas e infindáveis atividades. Para ter impacto sobre a comunidade, precisa ter algo além de uma igreja ativista, preocupada em atender e ajudar os visitantes. Precisa ser uma igreja em chamas, liderada por homens que têm o ardor de Deus em seus corações.
Samuel Chadwick, o falecido presidente do Cliff College, da Inglaterra, era uma “sarça ardente”. A partir do momento em que ficou cheio do Espírito, “milagres da graça divina eram realizados através da influência de uma vida que passou a ser incendiada pelo fogo de Deus”. Francis W. Dixon conta como “o poder de sua pregação e a influência moral dos membros de sua igreja foram tão poderosos, que o próprio Chefe de Polícia reconheceu publicamente como a cidade inteira ficara livre de crimes pela influência de homens e mulheres que haviam sido incendiados pelo amor de Deus”.
Dizem que uma vez um colega pastor perguntou a John Wesley, mensageiro do coração ardente, o que devia fazer para aumentar sua igreja. Ele respondeu: “Se o pregador estiver em chamas, todo o mundo virá para vê-lo queimar”.
Um dos biógrafos de Wesley o descreveu como um homem “sempre ofegante, correndo sem parar atrás das almas perdidas”. No túmulo de Adam Clarke, um dos primeiros estudiosos metodistas e um discípulo de Wesley, estão inscritas estas palavras: “Vivendo para os outros, fui totalmente consumido”.
Há um século, T. DeWitt Talmage escrevia: “Hoje, acima de qualquer outra necessidade, nos falta o fogo – o fogo sagrado de Deus, queimando nos corações dos homens, estimulando suas mentes, impelindo suas emoções, emocionando suas línguas, brilhando em seus rostos, vibrando em seus atos, expandindo seu potencial intelectual e fundindo todo o seu conhecimento, lógica e retórica em uma grande corrente inflamada. Que esse batismo de fogo venha sobre nós a fim de que milhares entre nós, que até hoje não passaram de ministros fracos e convencionais, sem qualquer contribuição marcante e que seriam facilmente esquecidos da memória da humanidade, sejam transformados em poderosos instrumentos de Deus”. Essa descrição continua tão válida hoje quanto naquela época.
Alguns anos atrás, quando a Polônia vivia sob o regime comunista, um soldado polonês comentou com o Dr. Harold John Okenga: “Existe na Polônia uma corrida entre o comunismo e o cristianismo. Aquele que conseguir transformar sua mensagem em uma chama de fogo ganhará”.
Um cristianismo sem paixão não conseguirá apagar as chamas do inferno. Para combater o fogo de uma floresta é necessário iniciar um outro incêndio para ir ao seu encontro. Um líder apático nunca conseguirá inflamar os outros. E um líder jovem sem ardor, como poderá acender a chama no coração dos outros jovens? Enquanto não formos inflamados, não conseguiremos alcançar o coração das pessoas. O bispo Ralph Spaulding Cushman orava:
Inflama-nos, Senhor, sacode-nos, nós te suplicamos!
Enquanto o mundo perece, nós, indiferentes,
Seguimos o nosso caminho
Sem rumo, sem paixão, dia após dia
Inflama-nos, Senhor, sacode-nos, nós te suplicamos!
Não há uma necessidade maior que essa em nossas igrejas e escolas hoje. Não basta ter uma fé cristã e bíblica; temos de ser possuídos por Cristo, totalmente tomados por seu amor e sua graça, inteiramente inflamados por seu poder e glória. Cada pequenina parte do nosso ser, como diz certo hino do passado, precisa estar incandescente com o fogo divino. Não é suficiente ter a lenha, não é suficiente ter o altar, não basta ter o sacrifício – precisamos do fogo! Oh, fogo de Deus, desce novamente sobre nós! Faz-nos arder, Senhor, inflama-nos totalmente!
Se quisermos ser uma força irresistível para Deus, no lugar onde ele nos colocou, precisaremos do batismo de fogo do Espírito Santo. Se quisermos despertar nossas igrejas sonolentas, precisaremos que aquele fogo, que veio sobre cada um que esperava no cenáculo no dia de Pentecostes, desça agora sobre nós. Você precisa disso, e eu preciso disso.
Num comovente artigo, intitulado “Queima Incessantemente, Fogo de Deus”, T. A. Hegre escreveu: “É de fogo que precisamos, fogo para derreter nossas emoções geladas e passivas, fogo para nos impelir a fazer algo em favor daqueles que descem diariamente à sepultura sem Cristo. Incontáveis milhões estão morrendo sem que ninguém lhes tenha falado do Evangelho, porque nós cristãos estamos apagados. Precisamos de fogo, do fogo do Espírito!”
Não precisamos de fogo fanático ou humano, que não glorifica o nome santo do Senhor. Precisamos é do fogo sagrado, daquele fogo que o Espírito traz e que usa para nos batizar. Precisamos do fogo e do zelo da igreja primitiva, quando praticamente todos os cristãos estavam prontos, se necessário fosse, a se tornarem mártires por Cristo.
Num sermão contundente, John R. Rice censurou nossa falta de fogo. “Ouçam, não são os pecadores que são duros. O problema de dureza está no coração dos pregadores. Os professores das escolas bíblicas, os diáconos, os obreiros e os superintendentes é que são duros. É mais fácil salvar uma alma e converter um bêbado ou uma prostituta do que inflamar um pregador para ganhar almas.”
George Whitefield foi grandemente usado por Deus, junto com John Wesley, quando viraram a Inglaterra de ponta-cabeça e, pela graça de Deus, evitaram que as Ilhas Britânicas passassem por uma réplica da Revolução Francesa. Diziam a respeito de Whitefield: “Desde o tempo em que começou a pregar, ainda garoto, até à hora de sua morte, nunca deixou que sua paixão se abatesse. Até o final de sua notável carreira, sua alma foi como uma fornalha ardente de dedicação em favor da salvação dos homens”.
Sua alma como uma fornalha ardente! Ah, aqui está o segredo! O problema trágico é que estamos tentando conduzir o povo de Deus com corações que nunca foram inflamados ou que perderam o ardor. Elias orou até o fogo descer sobre o monte Carmelo. E, então, os apóstatas caíram de joelhos e clamaram: “O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!” (1 Rs 18.39).
Pode o fogo da Shekiná, que fez chamejar a sarça no deserto, atear fogo em nossos corações, até que sejamos sarças ardentes por Deus? (Êx 3.1-3). O fogo da Shekiná no monte Sinai difundiu-se pelo corpo de Moisés até que sua face refletisse a glória de Deus (Êx 34.29,30). Podemos nós nos aproximarmos de Deus até que o fogo da Shekiná comece a transfigurar nossos vasos de barro e as pessoas possam ver o reflexo da glória de Deus sobre nós e em nós?
Pode o fogo da Shekiná, que Ezequiel viu afastar-se passo a passo de Israel, voltar para nós hoje? (Ezequiel, capítulos 10,11). Ele voltou sobre os 120 que se encontravam no mesmo lugar, no cenáculo (At 2.1-21). Se precisássemos passar dez dias para buscar a face de Deus, seríamos mais do que recompensados se no final fôssemos inflamados por ele.
Mas esse batismo não vem por meio de esforços, méritos ou simulações. Só Deus pode batizar com fogo. Só Deus pode enviar a Shekiná. Só Deus pode satisfazer suas necessidades e as minhas. Já labutamos muito tempo sem esse fogo. Temos ficado muito aquém da glória de Deus, por causa da falta dele. Temos deixado nossas igrejas praticamente impassíveis, inalteradas, por falta da chama.
Nós não podemos acender esse fogo. Não podemos criá-lo por nós mesmos. Mas podemos humilhar-nos diante de Deus, com toda a honestidade e lisura, e confessar nossas carências. Podemos buscar a face de Deus, até que sua poderosa lanterna alumie nossos corações e nossas vidas e mostre o que neles nos impede de sermos capacitados e cheios de sua vida.
O fogo santo de Deus desce somente sobre os corações preparados, obedientes e famintos. Talvez a necessidade que está por baixo de todas as necessidades é que não estamos suficientemente famintos ou sedentos, nem somos intensos em nosso desejo.
“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem” (Lc 11.13).
Extraído de “Ablaze for God” (“Inflamados Para Deus”), de Wesley L. Duewel - REVISTA IMPACTO