terça-feira, 27 de dezembro de 2011


Quando estamos na presença de Deus, mudanças radicais acontecem na nossa vida. As Escrituras mostram que quase todos aqueles que tiveram um encontro com Deus foram imediata e permanentemente transformados. Apesar disso, de algum modo temos dificuldades para entender que é esse mesmo Deus das Escrituras que se encontra conosco hoje. Nosso primeiro e principal objetivo em ir à casa de Deus deveria ser esse tipo de encontro divino. Podemos até afirmar que experimentamos a presença de Deus nas nossas reuniões, mas geralmente não há qualquer transformação interior que o comprove.

 O momento do seu encontro com Deus é determinado por ele, não por você. Pode ser através de um texto nas Escrituras. De repente, o Espírito de Deus toma a Palavra e, usando-a como uma espada de dois gumes, penetra alma e espírito, juntas e medula, discernindo pensamentos e intenções do coração (Hb 4.12). Você fica totalmente exposto diante dele. Você sabe quando está se encontrando com Deus, porque ele comove cada partícula do seu ser. E ele sabe quando chega o momento oportuno, por isso seus encontros com você sempre acontecerão na “plenitude do tempo”, o tempo de Deus para sua vida.

 O Encontro de Isaías com Deus

 No capítulo seis de Isaías, vemos um dos mais notáveis encontros entre Deus e um homem. Deus sabia exatamente onde estava o problema de Isaías, por isso preparou um encontro perfeitamente adequado à necessidade de mudança radical em sua vida. Isaías se viu diante da santidade de Deus. Falamos hoje sobre estar na presença da santidade de Deus, cantamos a respeito disso – no entanto não o experimentamos, de fato. Se tivéssemos a oportunidade de estar diante da santidade de Deus, garanto que reagiríamos como Isaías: “Ai de mim, estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios” (Is 6.5).

 A presença e a santidade de Deus sempre expõem aquela necessidade específica em sua vida que o impede de ter um encontro mais profundo com Deus. A resposta imediata de Deus para Isaías foi tratar com seu problema dos lábios. Algo precisava vir do altar de Deus, e isso transformou sua vida. Brasas vivas do altar tocaram seus lábios, e uma coisa espantosa aconteceu. Quando seus lábios foram purificados, os ouvidos foram abertos. Deus não tocou os ouvidos, somente os lábios. Era isso que o impedia de ouvir. Deus estava falando o tempo todo, mas pela primeira vez Isaías ouviu suas palavras: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Por causa do encontro e da mudança radical, houve uma resposta espontânea de Isaías: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (v.8).

 Esse tipo de encontro poderia acontecer na sua vida? Você acha que existem pessoas para as quais Deus anseia muito enviá-lo? Você não acha que as multidões de povos não-alcançados ao redor do mundo estão pesando no coração de Deus, a ponto de levá-lo a procurar por alguém que atenda ao seu apelo: “Quem há de ir por nós?”? Além de tudo isso, ainda pesa sobre ele a tarefa de retirar do nosso coração aquilo que nos impede de ouvir e responder à sua voz.

 Talvez a plenitude do tempo de Deus para você seja agora. Talvez, durante semanas ou meses, tenha havido uma santa inquietude no seu coração, levando-o a dizer: “Com certeza Deus tem mais para a minha vida do que apenas participar de cultos e atividades religiosas. Com certeza há algo mais”. E Deus está lhe respondendo: “Realmente há mais – e sempre houve –, contudo você deixou que a cultura contemporânea o envolvesse em atividades religiosas, tirando-o do relacionamento íntimo comigo”. Talvez hoje seja o momento especial de Deus para você; talvez este seja o tempo do seu encontro com Deus!

 A chave do encontro não estava com Isaías. A chave estava com o Deus de Isaías, exatamente como a chave não estava com Abraão e, sim, com o Deus de Abraão. O Deus que se encontrou com eles é o mesmo que está aqui para nos encontrar. Você está pronto? Está buscando uma mudança em sua vida como a que aconteceu a diversas pessoas nas Escrituras, trazendo-lhes a revelação do coração de Deus?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Baile de máscaras

O surgimento da máscara não tem origem especifica, mas estas a princípio foram usadas em cerimônias religiosas de tribos primitivas. Depois, o caráter religioso foi abandonado e elas ficaram famosas quando começaram a ser utilizadas no teatro Greco-Romano, e anos mais tarde no famoso Carnaval de Veneza. No século XVIII as máscaras eram tão usadas nessa cidade que a polícia proibiu o uso delas, pois as mesmas dificultavam a identificação de criminosos que as utilizava na prática de seus crimes.

Ultimamente tenho percebido que estou vivendo num eterno baile de máscaras. Muitos se utilizam destas para se esconderem de algo, só que neste caso não é para diversão. Mas talvez eu NÃO esteja num baile, estou mesmo voltando aos tempos primitivos, quando os povos as usavam para adoração. Se estiver triste, usa a máscara da Alegria; em pecado, usa a da Santidade; se for traição, usa a máscara do Marido/Esposa perfeitos; se estiver vazio, usa a do Avivado; “sons” falsos, as de Amigo, e por ai vai! Uma vida de mentiras, de vida dupla, onde, às vezes, conseguimos enganar até os escolhidos, como diz a Bíblia.

Deparar-me com tantos ‘MASCARADOS’, principalmente no meu do ‘Arraial’, fez brotar em mim muitos sentimentos, emoções, sensações e a mais difícil das perguntas a ser respondida: “Por quê?”

Você acha que recebi respostas? NÃO! Por isso resolvi escrever este artigo. Eu como alguém que já usei algumas máscaras, mas graças a Deus foram jogadas fora, me lembrei de que o Onisciente, Aquele que sabe todas as coisas, ao contrário da polícia Veneziana, que tinha dificuldade para encontrar um delinquente atrás da máscara, vê, conhece e sabe todas as coisas, há de julgar cada um, segundo as suas atitudes; segundo as suas obras.

A Ele não se engana, pois o homem vê apenas a aparência, mas o Senhor, vê o profundo e oculto do coração. (1Sm 16.7)
Pense nisso!

Deus te abençoe!

::Renata Lima

Pedagoga, Líder do Ministério de Coreografia da Primeira Igreja Batista em Pirajá – Salvador/Bahia

domingo, 12 de junho de 2011


"Enquanto a liderança espiritual não voltar a ser ocupada por homens que preferem a obscuridade, continuaremos a presenciar uma constante deterioração da qualidade do cristianismo popular, e possivelmente chegaremos ao ponto em que o Espírito Santo, entristecido, se retirará, como a glória de Deus se apartou do templo."
Dr A. W. Toze
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"Eu sou o SENHOR; este é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor." - Isaías 42:8


"Paul Cain foi bem conhecido como um evangelista durante o avivamento de cura dos anos de cinquenta nos EUA, e demonstrava dons espirituais extraordinários. No auge do seu ministério ele sentiu o chamado de Deus para retirar-se para "atrás do deserto" e esperar até que o ministério dos últimos dias começasse. Depois de quase trinta anos de obscuridade, Paul tem emergido com voz profética à igreja, reconhecida internacionalmente, que insta um retorno à humildade, integridade e uma devoção apaixonada ao Senhor" (Fonte: The Morning Star - Volume 7 Número 1) .

Paul tem tido uma visão profética recorrente, em que ele vê estádios lotados e pessoas sendo curadas por uma nova geração de ministros, uma geração "sem nome, sem rosto" que, ungida com o poder do Espírito Santo, não busca fama para si mesmo, mas devolve toda a honra e glória ao Senhor Jesus:

Não seria muito bom se você ligasse o jornal nacional e todos os apresentadores estivessem dizendo "Senhores e Senhoras, não temos notícias para anunciar hoje à noite. Aparentemente, somente notícias boas. Não temos nenhuma atividade desportiva para anunciar, também, porque parece que todos os campos de esportes, os campos de futebol, os campos de rugby - sei lá o que, aqueles campos, estão superlotados com centenas e milhares de pessoas", e estão anunciando pelos alto-falantes "temos uma ressurreição de um morto aqui" e alguém pula de um leito de hospital, logo que chega no necrotério, e está vivo de novo. Imagine como isso iria atrair uma multidão!
E pessoas estão saindo andando de cadeiras de rodas, e as pessoas que estão no palco, nós não sabemos quem são esses ministros, nós não os conhecemos: homens, mulheres, jovens, não sabemos quem são. São pessoas quase sem rosto. E, mesmo que pareça tão absurdo, haverá um dia, quando trocaremos a respeitabilidade por tanta unção que o nome de Deus, o nome do seu Filho, será tão famoso em nosso dias como foi no ano de 33 AD, e ainda mais famoso, por causa de seus atos de misericórdia, e a demonstração do seu poder e a sua glória. Nós veremos este dia. Alguns de nós não viverão para ve-lo, mas alguns de nós poderão viver para ver aquele dia. Amém.
Fonte: Paul Cain, gravação Anointing verses Respectability
Conferência Holiness Unto the Lord, Wellington, Nova Zelândia, 1991

sábado, 19 de março de 2011


A Fé Ri das Impossibilidades

por Leonard Ravenhill

Pedro na prisão! Que abalo!

Estamos muito longe da cena real para capturar a atmosfera de horror que os Cristãos sentiram neste dia.

Pedro foi movido do Pentecostes para a prisão, dos insultos para a lança. Ele foi guardado por dezesseis soldados. Pergunte a si mesmo o porque de um homem indefeso necessitar de um semelhante grupo para vigiá-lo. Poder-se-ia ser que Herodes temeu o sobrenatural, visto que ele soube que Jesus escapou de um grupo semelhante que O guardava?

Se Pedro tivesse sido cercado por cento e dezesseis soldados, o problema não seria aumentado nem a fuga seria menos certa. Pedro não estava confinado somente pelas duas correntes, mas também pelas grossas paredes da prisão, pelas três divisões da prisão e finalmente por um portão de ferro. Quando Pedro estava na prisão, a igreja organizou um plano para libertá-lo? Não.

Quando Pedro estava encarcerado, os crentes ofereceram uma petição a Herodes ou sugeriram um preço para oferecer aos legisladores para sua liberdade? Não. Pedro tinha libertado outros na hora da oração; agora outros deveriam crer na sua libertação.

Com freqüência através do livro de Atos, que poderia ser chamado Os Atos da Oração, encontramos oração e mais oração. Escave no livro e descubra este poder que motivava a igreja primitiva. No capítulo doze de Atos encontramos um grupo que orava. Apesar de um exército acampado contra Pedro, nisto aqueles crentes confiavam: havia um Deus que poderia e que livraria. A operação de resgate que nunca falhou foi a oração. Não havia limites nas orações daqueles que fizeram intercessão por Pedro. A oração era feita sem cessar pela igreja à Deus por ele. Eles não estavam preocupados se Herodes morreria ou não. Eles não oraram para que eles pudessem escapar do destino de Pedro. Eles não pediram que eles tivessem outro êxodo para uma nação mais hospitaleira. Eles oraram por uma pessoa: Pedro. Eles oraram por uma coisa: sua libertação. A resposta provou o prometido: "E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis".

Alguns pobres intérpretes desta história têm disto que quando aqueles que oravam ouviram que Pedro estava à porta, não acreditaram. Eu não posso aceitar esta suposição. Estou certo de que eles oraram com esperança. Eu gosto de pensar que eles ficaram por um momento chocados com a instantaniedade da resposta. Eles poderiam ser escusados se tivessem levantado suas sobrancelhas quando Pedro disse: "Eu escapei facilmente com a escolta de um anjo" (Próxima vez que você passar na porta mágica automática em seu supermercado, lembre-se que a primeira porta a abrir-se de seu próprio acordo foi funcionada de cima!).

Libertações operadas por anjos parecem não encontrar lugar na nossa teologia moderna. Talvez gostaríamos que o Senhor respondesse nossas orações com o mínimo embaraço para nós. Além do mais, quem esperará que as filas angelicais sejam perturbadas para trazer libertação a uma alma que ora? Porém, aconteceram resultados sobrenaturais para muitos dos santos que oravam nos dias apostólicos. O Senhor usou um terremoto devastador para a libertação do apóstolo. A oração é uma dinamite.

Não há nenhuma arma fabricada contra a oração que possa neutralizá-la. Algumas coisas podem atrasar as respostas à oração, mas nada pode parar o supremo propósito de Deus. "Se tardar, espera-o".

O primeiro requerimento na oração é crer.

- Crer que Deus é "galardoador dos que O buscam".
- Crer que Deus está vivo e que, portanto tem poder não somente para a libertação de Pedro, mas também para a nossa.
- Crer que Deus é amor e que Ele tem cuidado dos Seus.
- Crer que Deus é poder e, portanto nenhum poder pode opor-se a Ele.
- Crer que Deus é verdadeiro e, portanto não pode mentir.
- Crer que Deus é bom e que Ele nunca abdicará Seu trono ou falhará em Sua promessa.

Refletindo sobre a história de Pedro, fui repreendido, humilhado, envergonhado e atormentado. Por que? Porque há grandes santos de hoje em dia, Watchman Nee por exemplo, que por anos têm sofrido e têm permanecido cativos pelos comunistas e outros. Muitos dos santos de hoje estão quietos na prisão. O mesmo destino tem sucedido a algumas testemunhas escolhidas de Deus no Vietnã e em Congo.

Tais perigos a outros membros do Corpo demandam preocupação, concentração e consagração para um plano comprometido de oração em favor deles. Eu temo que orações não têm sido feitas a Deus sem cessar por estes sofredores membros da família.

O Sr. Bunyan nos mostra seu Cristão cativo pelo Gigante Desespero no Castelo da Dúvida. A chave para sua libertação foi Promessa. Nós Cristãos estamos no cativeiro em muitos níveis hoje pessoais, domésticos, da igreja e de iniciativa missionária. Mas as correntes se quebram e as masmorras caem quando a oração é feita pela igreja à Deus:

- Oração sem cessar;
- Oração que destrói nossa situação atual;
- Oração que nos drena de qualquer outro interesse;
- Oração que nos emociona por suas imensas possibilidades;
- Oração que veja Deus como Aquele que do alto governa, Todo-Poderoso para salvar;
- Oração que ria das impossibilidades e grite: "Será feito";
- Oração que veja todas as coisas debaixo dos Seus pés [de Deus];
- Oração que é motivada com o desejo pela glória de Deus.

A oração de um crente pode tornar-se um ritual. O lugar da oração é mais do que território onde atiremos todas nossas ansiedades, preocupações e temores. O lugar da oração não é um lugar para deixar cair uma lista de compras diante do trono de um Deus com infinito suprimento e ilimitado poder.

Eu creio que o lugar da oração não seja somente um lugar onde eu perca meus fardos, mas também um lugar onde eu receba um fardo. Ele compartilha meu fardo e eu compartilho a Seu fardo. "Meu jugo é suave e meu fardo é leve". Para conhecer este fardo, devemos ouvir a voz do Espírito. Para ouvir esta voz, devemos calar e saber que Ele é Deus.

Esta hora calamitosa nos assuntos dos homens demanda uma igreja mais saudável do que a que temos. Esta manifestação evidente do mal na juventude e na violação dos mandamentos de Deus por todo o mundo requer uma fé que não recua.

Podemos deixar nossas espadas de oração enferrujadas nas bainhas da dúvida? Poderemos deixar nossas desentoadas harpas de oração penduradas nos salgueiros da descrença?

- Se Deus é um Deus de inigualável poder e inacreditável força,
- Se a Bíblia é a imutável Palavra do Deus vivo,
- Se a virtude de Cristo é tão nova hoje como quando Ele primeiro fez a oferta de Si mesmo a Deus depois de Sua ressurreição,
- Se Ele é o único mediador hoje,
- Se o Espírito Santo pode nos ressuscitar como Ele fez como nossos pais espirituais, Então todas as coisas são possíveis hoje.

Os mares estavam agitados, os ventos estavam uivando, os marinheiros estavam chorando, os mastros estavam voando, as estrelas estavam escondendo-se, o Euro-aquilão explodindo. As pessoas estavam encolhendo-se e gritando, gemendo e suspirando. Somente um homem estava louvando. Todos estavam esperando a morte, exceto Paulo. No meio de uma cena de desespero, se alguma vez houve uma, Paulo clamou: "Senhores, eu creio em Deus" (Atos 27).

Como as coisas parecem estar totalmente diferentes estes dias, eu vou me unir a Paulo. Eu vou dizer com fé: "Senhores, eu creio em Deus". Você se unirá a mim?

sábado, 12 de março de 2011

Adoração é sacrifício


Quero compartilhar com você alguma coisa sobre a adoração ao Deus Todo Poderoso, criador dos confins da terra e dos lugares mais inexplorados dos céus. Se há uma palavra com a qual podemos definir a adoração, tal palavra é SACRIFÍCIO. Repita em voz alta: SACRIFÍCIO.

Sacrifício significa dar a Deus algo que nos custa alguém ou alguma coisa. Ele é uma demonstração, uma forma de materializar a nossa fé, nossa perseverança. Quando Araúna ofereceu ao rei Davi os bois, a lenha para oferecer sacrifício ao Senhor afim de parar a praga que estava assolando o seu povo, ele não aceitou e explicou o porque: “não posso oferecer ao Senhor algo que não tenha me custado nada (2 Samuel 24:16-24). O melhor dia para ir ao ajuntamento do povo de Deus para adorá-lo é aquele em você olha e diz: “hoje está difícil, hoje eu não poderia…” A melhor oferta é aquela em que você sabe que está te custando alguma coisa: O Senhor é digno, Aleluia! As vezes abrir de relacionamentos errados por causa do temor do Senhor é muito doloroso, mas, o Senhor é Santo, Aleluia!

Gênesis 22:1-19 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova…

Quando Deus te chama para adorá-lo, para sacrificar a Ele, acredite em mim, o teu carácter, ou seja, a tua fé, a tua perseverança estarão sendo provados.

…pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! 2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. 3 Levantou- se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado…

Deus indica como, quando e de que forma Ele deseja ser adorado, porém, cabe ao adorador prover-se do suprimento material necessário para a adoração.

4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. 5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós…

É tremendo quando cremos nos propósitos de Deus. Deus havia prometido a Abrão, que Isaque, e não Ismael, seria o seu herdeiro e que a partir dele surgiria uma grande nação (Gênesis 17). Isaque nasce através de um grande milagre e, quando adolescente Deus o pede em sacrifício. Isto nos fala algumas coisas:

1. Isaque não pertencia a Abraão, visto que, se não por um grande milagre ele nem mesmo existiria;

2. Os anos foram passando e Abraão foi se apegando a Isaque… “o filho a quem amas”… a ponto de pensar que o mesmo lhe pertencesse, mesmo sabendo que ele existia por causa de um milagre, por causa de um propósito, por causa de Deus. Muitas vezes isto acontece conosco, principalmente concernente ao ministério. Deus nos dá algo para fazer para Ele e, com o tempo confundimos as coisas e pensamos que aquilo nos pertence.

3. Abraão creu que o propósito de Deus para Isaque era maior que a própria morte. Se ele morrer, dizia ele, Deus o ressuscitará. A fé levada ao extremo.

6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. 7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou- lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? 8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos. 9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; 10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. 11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! 12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.…


“Agora sei que temes a Deus…” A nossa fé sempre será levada ao nível da prova. Por mais que você “sinta” que ama a Deus, esse amor sempre será conduzido para ser provado. O seu temor a Deus sempre será provado. Espere por isto, passe bem pelo processo, seja provado, seja aprovado, receba sua coroa. Coroa não é uma recompensa. Ela representa autoridade para reinar em nome de Deus.

…pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. 13 Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho. 14 E pôs Abraão por nome àquele lugar—O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá. 15 Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a Abraão 16 e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, 17que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, 18 nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. 19 Então, voltou Abraão aos seus servos, e, juntos, foram para Berseba, onde fixou residência.”

Ou, seja, Deus já havia abençoado a Abraão (Gênesis 17), mas, para que a bênção, a promessa de Deus fosse de fato estabelecida Ele precisava provar a fé e a perseverança de Abraão. A fé foi provada na circuncisão, que equivale ao baptismo nas águas hoje (Colossenses 2:11,12). A perseverança foi provada no sacrifício de Isaque. A promessa de Deus para nossas vidas somente será materializada a medida em que o nosso sacrifício, nossa adoração a Ele, em função disso for materializada.

Hoje, a morte do nosso Senhor Jesus Cristo garantiu o nosso livre acesso aa presença de Deus. Entremos, pois, em Sua presença com sacrifícios, com adoração. (Salmos 50:5)

Espero que estas simples palavras sirvam para sua edificação pessoal. Lembrando que toda palavra para surtir efeito necessita ser levada para as vias de fato, para a prática. Existem áreas em tua vida sobre as quais Deus já tem requerido de ti algum sacrifício. Procure indentificá-las e, meu querido, minha querida, faça o que é preciso fazer. Há uma coroa, uma posição de autoridade esperando por você.

Pastor Antônio Cirilo


Extraido do site www.santageracao.com.br

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A BUSCA PELO PODER


É fato. O ser humano é viciado em poder. A idéia de se exercer domínio sobre outras pessoas parece muito sedutora. Por causa da sensação de poder o ser humano passa por cima de muitos, quebra princípios, mente, manipula, usa, oprime. Na Bíblia temos vários exemplos disso. Adão e Eva, iludidos pela serpente, comeram do fruto que não deveriam comer porque desejaram ser iguais a Deus(Gênesis 3). Davi tomou para si a mulher de Urias e o matou, porque por um momento pensou que a monarquia lhe daria esse direito (2 Samuel 11). Simão, o mago, ofereceu dinheiro aos apóstolos para que lhe fosse dado o poder do Espírito Santo e assim pudesse continuar impressionando o povo (Atos 8:9-24). A busca desenfreada pelo poder parece cegar as pessoas. Ao olhar para a sociedade vemos que alguns se tornam verdadeiros monstros egoístas quando são contemplados e absorvidos pela fama e pelo dinheiro. Alguns se tornam desumanos ao entrarem em contato com o poder.

Alguns ainda têm a idéia errônea de que o fato de serem cristãos ou de estarem envolvidos em um ministério os torna superiores aos outros. O status e a projeção que um ministério oferece podem contribuir para que as pessoas percam a visão de um verdadeiro chamado e serviço. Vale a pena lembrar que nosso chamado é para sermos filhos de Deus (João 1;12); ovelhas do Pastor amado (João 10:14); membros do corpo onde Cristo Jesus é o cabeça (Efésios 4:15,16); servos que imitam seu Senhor (João 13:15-17); aqueles que levam as boas novas do reino de Deus a toda criatura (Marcos 16:15; Mateus 28:19,20); aqueles que servem e amam (Gálatas 5:13,14).

Jesus é o nosso maior exemplo ministerial. As pessoas se sentiam livres para aproximarem dele. Ele não usava de manipulação para atraí-las. Através dele se manifestava verdadeiramente o poder de Deus!

É maravilhosa a afirmação de Paulo na segunda carta aos Coríntios 5:13. O amor e a simplicidade de Jesus nos constrangem e nos desafiam. Perto dele todos os nossos aparatos religiosos se tornam vazios, sem razão. Sobre Jesus Isaías disse no cap. 42: 1- 4 ” Eis meu servo a quem sustenho, o meu escolhido em quem tenho prazer. Porei nele meu Espírito, e ele trará justiça as nações. Não gritará, nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com fidelidade fará justiça”.

Jesus definitivamente não foi uma figura sensacionalista como outros líderes e governantes na história mundial. Não foi autoritário como os grandes ditadores. Não foi manipulador e nem usou de artifícios estrondosos para atrair as multidões. No entanto, ele é a pessoa mais influente e fascinante que já pisou sobre a terra. Diante do tentador que lhe ofereceu uma fama passageira, se concordasse em pular do alto do templo e ser segurado pelos anjos, ele não cedeu.

Ele não negociou com os poderosos de sua época. Não foi político e nem se envolveu com os negócios corruptos que imperavam em Israel naqueles dias. Não quis ser um rei político como o povo desejava. Diante da possibilidade de receber a glória dos homens ele não se impressionou. Não se exaltou, mas como diz Filipenses 2: 6- 8 “embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte e morte de cruz!”

Não se impôs diante da fragilidade dos que se aproximavam dele. Respeitou a medida de fé que cada um era capaz de ter. Preferiu dar dignidade às pessoas à sua volta do que seguir a lei dos homens. Ofereceu graça aos desprezados, marginalizados e também aos abastados e bem posicionados na sociedade.

Num mundo dividido em tantas facções, Jesus nos convida a fazer parte de um reino onde igualmente nos relacionamos com Deus como Pai. Sem elites. Sem filhos prediletos. Sem a culpa que assombra os que não têm uma identidade. Podemos todos nos achegarmos a Ele pelo novo e vivo caminho. Sem subjugarmos, mas amando e servindo uns aos outros. Ele nos chamou, não para mais um clube social ou instituição humana, mas pra fazer parte do seu corpo, sua igreja, sua noiva. Ele se deu por nós “sendo nós ainda pecadores”(Romanos 5: 8), e pela cruz, colocou a todos nós os que cremos nele, no mesmo patamar: somos chamados filhos de Deus.

(NÍVEA SOARES)


domingo, 16 de janeiro de 2011

Há Senão Uma Trilha Para o Trono


Não se chega a esse lugar celestial pelo choro. Não dá para entrar lá por meio do estudo ou de obras. Não, o único caminho em direção à vida do trono é por meio de um sacrifício vivo: “Apresentei os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rom. 12:1).

Paulo está falando aqui por experiência própria. Eis aqui um homem que foi rejeitado, tentado, perseguido, surrado, aprisionado, vítima de naufrágio, apedrejado. Paulo também tinha sobre si todos os cuidados da igreja. Mesmo assim, testifica: “Em todas
as situações vivo em contentamento”.

Agora ele está nos dizendo: “Então, você quer saber como eu cheguei ao conhecimento desse caminhar celestial? Quer saber como cheguei ao contentamento seja qual for a situação na qual eu esteja, ou como consegui encontrar descanso verdadeiro em Cristo? Eis a trilha, eis o segredo para se apropriar de sua posição celestial: apresente o seu corpo como sacrifício vivo ao Senhor. Cheguei ao contentamento unicamente pelo sacrifício de minha própria vontade”.

A raiz grega para “vivo” aqui sugere “por toda a vida”. Paulo está falando de um comprometimento de união, um sacrifício feito de uma vez por todas. Contudo, não se engane: esse não é um sacrifício que tenha a ver com a propiciação pelo pecado
– o sacrifício de Cristo na cruz é a única propiciação válida: “Agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hebreus 9:26).

Não, Paulo está falando de um tipo diferente de sacrifício. Mas ainda assim, não se engane: Deus não tem prazer no sacrifício fabricado pelo homem no Velho Testamento. Hebreus nos diz: “Não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado”
(10:6). Por que tais sacrifícios não eram agradáveis ao Senhor? Colocando em termos simples: porque não exigiam coração.

Mas o sacrifício que Paulo descreve é do tipo no qual Deus tem grande prazer, precisamente porque envolve o coração. Que sacrifício é esse? É o sacrifício da morte da nossa vontade, de pôr de lado a nossa auto-suficiência, e do abandono de nossas
ambições.

Quando Paulo exorta: “Apresentei os vossos corpos”, está dizendo basicamente, “Chegue-se ao Senhor”. Mas, o que isso significa exatamente? Significa nos aproximar de Deus com o propósito de ofertar-nos inteiros a Ele. Significa ir a Ele não em nossa própria suficiência, mas como filho ressurrecto, como santificado na retidão de Jesus, como aceito pelo Pai através de nossa posição em Cristo.

O próprio Jesus ofereceu Sua vida como sacrifício vivo. Não estou falando do sacrifício que Ele fez por nossos pecados na cruz. Não, houve dois aspectos em relação ao sacrifício de Cristo. Primeiro, houve a Sua propiciação pelo pecado. E então houve o
abandono de Sua vontade ao Pai. Para resumir, Jesus se deu não só como sacrifício por nossos pecados, mas como sacrifício vivo para ser usado como instrumento pelo Pai. Veja o Seu testemunho:

“Eis aqui estou...para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreus 10:7). “Não vim porque eu, de mim mesmo, o quisesse, mas aquele que me enviou é verdadeiro” (João 7:28). “Nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai e ensinou. E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só, porque eu faço sempre o que lhe agrada” (8:28,29). “Eu falo das cousas que vi junto de meu Pai” (8:38).

Todo cristão é chamado a participar desse aspecto do sacrifício de Cristo. Devemos nos apresentar a Deus, submeter nossa vontade a Ele, e ingressarmos numa vida inteiramente dependente dEle. Devemos ir a Ele dizendo: “Senhor, renuncio à minha vontade em favor de Ti. Troco a minha vontade pela Tua. Estou me comprometendo a nunca mais dizer ou fazer qualquer coisa a menos que me dirijas a isso”.

É claro que Jesus é o nosso exemplo nisso. Ele não agiu segundo a Sua vontade, mas falou e agiu apenas segundo o direcionamento do Pai. E fez tudo isso com um propósito: conduzir “muitos filhos à glória” (Hebreus 2:10). Em resumo, Cristo
nos mostrou a trilha para o trono. Estava dizendo: "Siga-me, pondo de lado a tua vontade, teus planos, os teus sonhos. Comprometa-se com uma vida totalmente dependente do Pai. Então a tua vida trará glória para Ele".