domingo, 16 de maio de 2010

A Presença Manifesta de Deus Hoje


W. C. Moore

Não podemos ficar sem a presença manifesta de Deus no nosso meio hoje! Somente uma determinação fixa e resoluta haverá de obter os resultados desejados que terão valor por toda a eternidade. As bênçãos de ontem não satisfarão as grandes necessidades de hoje. O fato de que já TIVEMOS a presença manifesta de Deus em nossas vidas e na nossa igreja não é suficiente. Precisamos ter a presença dele conosco CONTINUAMENTE.

O evangelista Charles G. Finney, que foi tão poderosamente usado por Deus nos Estados Unidos e na Inglaterra dois séculos atrás, converteu-se numa determinada manhã e recebeu um poderoso batismo no Espírito Santo na mesma noite. Durante muito anos, Deus abençoou seu ministério e salvou multidões de almas. Porém, houve períodos em que ele sentia que a presença de Deus havia “vazado”, e que poder do Espírito Santo não acompanhava sua palavras. Nesses casos, ele se dispunha a buscar novamente a unção do Espírito Santo e, então, a presença de Deus volta com poder.

Pense no relacionamento de casamento, por exemplo. Ser casado é uma coisa, mas existir constante comunhão e amor entre marido e mulher é outra. A esposa deve sempre se a noiva, a “paixão” do marido, e o amor deve fluir em todos os momentos. Entretanto, de tempos em tempos, há tempestades no mar do matrimônio, e somente a graça de Deus poderá manter a verdadeira união e a doce comunhão como uma realidade constante.

Se a esposa foi ofendida ou entristecida por algo que o marido fez ou não fez, isso não significa que ela o tenha deixado, ou que está sendo infiel a ele ou que não se considera mais esposa. Contudo, a comunhão certamente precisa ser restaurada para que a brecha não aumente e para que os propósitos de Deus, no caso do lar cristão, não sejam derrotados (ver I Pe 3:1-7).

Da mesma maneira, se nós que já fomos regenerados e batizados com o Espírito Santo e sabemos por experiência o que significa ter o Espírito de Deus em nós, operando através de nós - se nós perdemos essa unção, não significa necessariamente que tenhamos voluntária e completamente deixado o Senhor ou que Ele nos tenha abandonado. Ao mesmo tempo, nunca devemos ficar contentes em viver dia após dia sem aquele mesmo mover do Espírito Santo nas nossas vidas que experimentamos anteriormente!

Devemos estar cheios do Espírito Santo em todo o tempo. É uma ordem da Palavra de Deus (Ef 5:18). Jesus, o Cabeça da Igreja, nosso Mestre e Senhor, nos convida a ir para ele e beber, pois promete que o nosso interior fluirão rios de água viva (Jo 7:37,38).

Rios de água viva estão fluindo de mim e de você? Não é uma triste verdade que, de tempos em tempos, o que flui de nós são águas de contenda, ira, impaciência, incredulidade, maledicência, desprezo e desdém pelos outros, indiferença, mornidão, fraqueza, engano e outras coisas semelhantes a estas? Não é um fato terrível que há ocasiões em que fluem de nós rios de água envenenada? Que Deus, por amor a Jesus, tenha misericórdia de nós!

Arrependei-vos!

Ouça estas palavras penetrantes: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e volta à prática das primeiras obras: e se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (At 2:5).

Na epístola aos efésios, observe estas advertências e exortações à igreja em Éfeso: “Rogo-vos, pois... que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados... suportando-vos uns aos outros em amor... deixando a mentira, fale cada um a verdade como seu próximo... Irai-vos, e não pequeis: não se ponha o sol sobre a vossa ira... Não entristeçais o Espírito Deus... Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmia, e bem assim toda a malícia. Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou... Andai como filhos da luz... Enchei-vos do Espírito... Tomai toda a armadura de Deus... Orando em todo o tempo” (Ef 4 e 6).

"Prossigo para o alvo"

Que cada um de nós possa despertar a si mesmo (Is 64:7) e, com profunda humildade, sinceridade e inteireza de coração, disposição de enfrentar honestamente os fatos, resoluta determinação “até a morte” e propósito fixo, dizer como o apóstolo Paulo: "Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3:13).

Que o Senhor da glória nos ajude e nos conceda sua presença manifesta nas nossas vidas individuais e no meio da igreja!

Extraído de “O Arauto da sua vinda”, Ano 24 nº 03

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